quinta-feira, 11 de novembro de 2010




O amor
é bicho sofrido
sempre acompanhado
de capataz pronome possessivo.

O amor
sujeito mais desamparado
sem padroeiro, procissão
nem novena.

Especiaria de canção
é tripa de amor temperado.
Marcado a ferro
cerrado em cárcere
o amor cegou-se
e resignou-se a esta sub-vida.

Mas picharei nos muros da cidade
"O amor também é Gente!"
que é pra ver se alguém se comove
e alforria
emancipa
humaniza o amor.

3 comentários:

Jan Góes disse...

"Mas picharei nos muros da cidade
'O amor também é Gente!'
que é pra ver se alguém se comove
e alforria
emancipa
humaniza o amor."

E o amor segue...Muito bom o texto... e bonito, gostoso de ler...

Belo blog

Mila Araujo F disse...

lindo. lindo. lindo.

Mamá disse...

Nossa... tinha tempos que eu não ficava aqui, lendo e passeando nas suas palavras, nos seus dias.

Sua poesia me alimenta.