segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sopro



recomeço das cinzas
do bolor do inútil
do desespero
da euforia
da loucura
do torpor...
enfim, dessa gradação atordoada.

A vontade é mesmo de gritar, de abraçar
dançar o ritmo mais inescrupuloso
mostrar minhas pernas,
o calor das minhas coxas
te xingar, te bater
beber e rir com você
porque nada nesse mundo se explica
(as explicações são todas vãs!!)

não quero passar como mais um
cinzento e triste
prisioneiro da própria vida
como um corpo morto numa cova
eu quero muito
eu quero tudo
eu quero mais

Quero cantar a louca canção que emana convulsiva dos meu lábios
rir das minhas próprias tragédias e fracassos e seguir em frente
lúcida e cansada
um cansaço feliz dos que não se deixam abater

Poderia te contar as mil e uma ficções sobre mim
mas fique com esta:
desgarrada do que condena,
meu destino é o vento
a luxúria de toda a casualidade

Amar, meu bem, é uma vulgaridade!