segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sopro



recomeço das cinzas
do bolor do inútil
do desespero
da euforia
da loucura
do torpor...
enfim, dessa gradação atordoada.

A vontade é mesmo de gritar, de abraçar
dançar o ritmo mais inescrupuloso
mostrar minhas pernas,
o calor das minhas coxas
te xingar, te bater
beber e rir com você
porque nada nesse mundo se explica
(as explicações são todas vãs!!)

não quero passar como mais um
cinzento e triste
prisioneiro da própria vida
como um corpo morto numa cova
eu quero muito
eu quero tudo
eu quero mais

Quero cantar a louca canção que emana convulsiva dos meu lábios
rir das minhas próprias tragédias e fracassos e seguir em frente
lúcida e cansada
um cansaço feliz dos que não se deixam abater

Poderia te contar as mil e uma ficções sobre mim
mas fique com esta:
desgarrada do que condena,
meu destino é o vento
a luxúria de toda a casualidade

Amar, meu bem, é uma vulgaridade!

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que você descreveu um semelhante sentimento meu. Talvez meus versos não se manifestassem de forma tão sagaz o que senti.
Sim, amar é uma vulgaridade sem tamanho!!!

rs!

adoro.

tuiu disse...

Boquiaberto leio tudo e calo, mesmo o amor parecendo uma mentira, na minha lira muitas vezes dele falo e faço-o, como não poderia deixar de ser...
[Não sei, não sei... Augusto pediu para ser parafraseado, não sei se conhece o poema q eu baguncei. Eh um q começa assim: Falas de amor, eu ouço tudo e calo.
Eh, e eh por isso que não minha lira
de amores futeis poucas vezes falo...]

Saudades tuas.

Beijos

Bruna Rocha disse...

P-E-R-F-E-I-T-O.

mE IDENTIFIQUEI TOTALMENTE, HEIM?
Sem palavras.. parabéns moça!