quarta-feira, 11 de agosto de 2010



Estado de gravidez crônica e generalizada.
Trazemos inscritas todas as pessoas do mundo.
O coração é o coração de todos.
Miro no espelho e vejo mil faces.
O amor carrega em si a força de todas as crianças,
mulheres, homens, velhos, sereias,
escudo e lança
anda no cavalo de São Jorge.
O amor não aguenta conversa fiada com a moral,
é vagabundo-vagamundo,
se masturba na esquina
e anda em zig-zag no meio da rua.
Balança mas não cai.
O amor é diabético
e insiste em melar o queixo de sorvete.
Mastiga o dicionário,
quer engolir os 5 continentes,
e chora de azia e indigestão.
O amor se vicia em crack
quando não consegue se esparramar na multidão.
O amor quer explodir e virar chuva,
encharcar as terras de generosidade.
O amor quer se estrebuchar no canto dos bêbados.

O amor são as pessoas.

3 comentários:

Anônimo disse...

O amor ainda é a outra palavra aquela sem som e sem forma. Adorei a poesia;

Érica dos Anjos disse...

Amáveis comentadores/as do blog, fineza deixem seu nomes.

=D

RSOLIVEIRA disse...

CRIATURA DE DEUS! ESSE SEU TEXTO É DE TIRAR O FÓLEGO! MARAVILHOSO! PARABÉNS! BEIJOS