segunda-feira, 15 de outubro de 2012

(Continu)idade



Hoje conheci uma delicada senhorinha. Dona Maria magrinha e doce que dia 18 completará 95 anos. Na sala sobre o seu piano a fotografia do marido [ela toca olhando para ele] e um poema que ele fez em vida ilumina uma das paredes. Dona Maria recita 2 ou 3 poemas do saudoso e amoroso marido e me diz:
-Eu fui muito feliz minha filha! Nunca tive doença nenhuma. Felicidade dá saúde! Mas agora sinto um cansaço enorme e só consigo ficar deitada.
Retruquei:
- Mas viver cansa [sorriso imenso]. Tem dias que eu mesma já não aguento...