Era uma vez o que não era ...Era uma vez às vezes...Era outra vez o que não se via...Era de uma vez ...Era sem vez...Era e não era...
sábado, 16 de julho de 2011
Itamar da Silva Beleléu
A dor dança no pau de fita
carmim de tão inflamada
elegante de tão aclamada
nem Dora, nem Dolores
minhas dores ultra-desamores
chucáio de cascavé.
Reinventar a renda cearense
o beat batuque da polícia da Penha
Tenho dito, nego Dito
Por quoi je ne pas pense a çá avant?
Parangolé de esquina
uma média ao meio dia.
Para então espalavrear canções
decompor lágrimas em sal
acalentar as orquídeas no quintal
e ser o marginal maldito
poeta-não, poeta-talvez
anti-compositor sem vez.
Tenho dito, nego Dito.
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Um comentário:
E disse nega bendita. Gostei do poema. Palavras carregadas como ele: carmim, inflamada, e até cobra do tipo anunciada que faz seu som chegar pra ser presença antes do olho alcançar!Você traduziu as contradições dentro das intensidades. Como ele fazia. Espalavrear canções é lindo, palavrear o mundo ainda mais, e você me palavreia minha flor! Te amo.
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