Para o vaga-lume do meu quintal
Meu bem, meu zen,
não há mal a se temer.
O risco, arisco, contempla a todos.
O antídoto para os dias
cozinhamos nas brechas do cotidiano.
Há tanto azul na janela
e você é o Eros da manhã.
Tantas são as palavras que não precisam ser ditas.
Minha boca nas cordas da viola,
seus dedos alisando as canções.
E tudo é textura,
tudo é pretexto.
Gosto de abocanhar seu riso ainda fresco.
Madrugar no movimento dos barcos.
Suspeitar encantamentos na superfície negra do mar.
Só o delírio existe, o resto é ficção.
2 comentários:
Fala tanto pra mim!
Gostei tanto que estou pensando, com sua devida licença, é claro, em musicar. Muito lindo!!!
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