Dentre ruas confusas a vida prossegue. Hello stranger! Pelas calçadas, pelas esquinas, equívocos, tudo se arrasta e se agita entre fitas e partículas de poeira do ar. A vida se afronta e se acaricia. Meu corpo sem alma, suas palavras sem corpo, nossos olhos sem calma. Mais um gole. Por favor não me mate de gastrite, nem de amor. Me debruço sobre o estandarte vermelho das bocas loucas, não entendo o samba, o passo, mas podemos dançar mesmo assim. Estudo a prosódia dos murmúrios. Te confundo com outros, me desejas em todos, e não vejo problema meu bem, meu pássaro, meu vira-lata de raça. Você ainda precisa saber de mim. Quero inscrever em sua pele a criptografia do desejo. Não mudei de idéia: amar continua sendo uma vulgaridade.
Um comentário:
Amei isso, por mais vulgar que possa parecer o amar... rs
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