domingo, 13 de maio de 2007

Luftmenschen*


Invoque seus temores e lhes cante mùsicas de dormir, para que se percam nos sonhos de outrem.
Convide a sua angùstia para caminhar na beira da praia.
Beije sua fraqueza, entrelaçando lascivamente a sua lingua na dela.
Toque a valsa vienense para seus rancores empedrados.
Visite, e leve flores, para sua intolerância que definha num asilo.
Tome um café com seu fracasso.
Faça um strip-tease mais que obsceno para seu complexo de decência.
Escancare as portas e janelas da casa da mesquinhez.
Compre um algodão doce para sua covardia.
Acene docemente para a morte.
E quando o vento sopra, engravidando as virginais cortinas brancas, os olhos deles brilham num sorriso quase diabòlico.
Deslizam pelo chão de azulejos frios
E o agora acontece em suspenso com calafrios de eternidade:
Um deles compete com o vento.
* homens feitos de vento


4 comentários:

Anônimo disse...

Cada vez me surpreendo mais! ^^

Anônimo disse...

simplesmente lindo,
de fato!

Bacana que tem mantido aqui,
encantada! Vou passar por aqui mais vezes keka!!

um beijo
=*

Anônimo disse...

gostei do texto
£ö®×

Okapi disse...

Dos seus mais bonitos textos !
:-))