Era uma vez o que não era ...Era uma vez às vezes...Era outra vez o que não se via...Era de uma vez ...Era sem vez...Era e não era...
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Bio-Grafia
Ao contrário do que supunha a morfologia
as palavras possuem estranhas fixações
como morar no assobio
que é a voz do vento.
Outras querem se converter em silêncio
e vagam pelas madrugadas.
Tem palavra
que quer mendigar na boca dos pedintes
se estrebuchar no canto dos bêbados
se derramar nas risadas das putas.
Palavras já nascem vencidas.
Apreciam a vulgaridade
a saliva
o sotaque.
Palavras são da mais baixa estirpe.
Do mais reluzente brilho
do mais fino corte.
As palavras querem comer
o oco das entrelinhas.
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3 comentários:
Genial.
foi esse que vc não queria ler?
Gosto muito!
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