Era uma vez o que não era ...Era uma vez às vezes...Era outra vez o que não se via...Era de uma vez ...Era sem vez...Era e não era...
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Arqueologia do Toque
I
Uma noite despretenciosa
nem longa, nem curta.
Exata.
Na justa medida dos seus braços.
E daqueles beijos de alambique.
Eu já nem morria de medo
dos seus olhos miúdos de pássaro invocado.
Eu sorria
enquanto você me tocava sem as mãos
enquanto dançávamos sem chão.
II
Apreendi a eroticidade
De naufragar em fragmentos de assobios e canções.
III
Beijos efêmeros que se ardem de não esperar:
A eternidade é o Tempo a rir-se de nós.
IV
A minha boca muito cansada de esperar
Quer cantar suas canções
Recitar seus versos
E comer suas poesias.
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